Jogos Vorazes-RPG
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 [FP] Kristinne Noire

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Kristinne Noire

Kristinne Noire


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Reputação : 0
Data de inscrição : 22/07/2013

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MensagemAssunto: [FP] Kristinne Noire   [FP] Kristinne Noire EmptySeg Jul 22, 2013 1:56 pm

DADOS PESSOAIS

Nome Completo: Kristinne Noire
Como gosta de ser chamado: Kristy
Idade: 13 anos
Sexo: Feminino
Distrito: 10
Filiação: Susan Noire - Mãe - Viva - Tralhadora rural
                     Alber Noire - Pai - Morto - Trabalhador rural
                     Nicollas Noire - Avô - Vivo - Vendedor
                     Marie Noire - Avó - Viva - Trabalhadora rural
Photoplayer: Mackenzie Foy

APARÊNCIA

Cor dos olhos: Verdes
Cabelos: Longos e lisos cabelos castanhos.
Algo para acrescentar: É extremamente magra

PERSONALIDADE


Kristy é tímida e reservada, não gosta de locais cheios de pessoas e não consegue fazer amigos. Com os mais íntimos é risonha e brincalhona, com os desconhecidos, gentil, mas rápida e evasiva. É bondosa, e não suporta se ver presa ou insegura. Por fora, é destemida, corajosa e orgulhosa; por dentro é tímida, insegura e clama por carinho e atenção.

HISTÓRIA


Oque importa não são os anos de vida que a pessoa carrega nas costas,  quanto dinheiro carrega no bolso ou quantos entes queridos têm na lista de natal, mas sim seu caráter. Era assim que Kristinne Noire pensava quando era criança, talvez porque seu avô vivia dizendo a mesma coisa, ou talvez porque seus pais eram a prova viva disso, não importa quem colocou isso na cabeça da criança, pois tudo mudou na madrugada do dia 29 de novembro, no oitavo aniversário de Kristy. Ela havia levantado mais cedo no dia, ansiosa demais para conseguir ficar em sua cama. O sol ainda nem havia dado a honra de sua presença quando a pequena garotinha saiu sorrateiramente pela janela de seu quarto ajeitando a capa roxa sobre os escuros cabelos castanhos, tentando proteger-se do vento frio que soprava. Seus pais não eram ricos e não poderiam lhe dar presentes luxuosos com o pouco que ganhavam cuidado de gado, mas nunca deixavam seu aniversário passar em branco. Kristinne já estava bem distante de casa, andando contra o vento na campina que era usada para os animais pastarem. Não havia ninguém ali para atrapalhar sua paz, até a garota ouvir sons de algo próximo e até então desconhecido. Primeiro um estalo, seguido de um grito. Seguiu-se três vezes a mesma sequencia de sons até a garota encontrar sua fonte de origem. Os estalos eram emitidos pelo chicote de um pacificador, os gritos de um garoto negro que não devia ser mais velho, suas costas estavam ensanguentadas, na carne viva, cheias de marcas de chicotes, a cara do menino estava vincada de dor e sua testa pingava suor. Toda a cena já era horrível em si, mas oque fez Kristy grita de ódio foi o segundo pacificador que assistia a tudo imune, no rosto um sorrisinho satisfeito claramente estampado.
O grito da menina fez o pacificado que batia na criança parar bruscamente o braço no meio do que seria outra chicotada. Os pacificadores voltaram seus rostos instantaneamente para a garota. Agora que tinha toda atenção dos homens em sua frente Kristinne não sabia oque fazer, só sabia que deveria salvar o garoto de mais chicotadas.
-O-oque pensam que estão fazendo?! - berrou a menina juntando toda a coragem que tinha.
-Oque estamos fazendo!? - repetiu incrédulo o segundo pacificador. - Oque VOCÊ pensa que está fazendo aqui garota?!
O rosto largo do pacificador estava num tom vermelho vivo quando este retirou quase a força o chicote das mãos do primeiro pacificador, que nem se quer protestou. Poucos metros separavam Kristinne do pacificador irado de raiva, nunca soube ela que aqueles metros de vantagem salvaram sua vida.
Seguindo seus extintos a garota girou o calcanhar na direção oposta da do pacificador e começou a correr com toda sua velocidade, agradecendo pelas longas pernas que possuía. Apesar de ser rápida, a sorte não estava a favor de Kristy naquele dia. Não demorou muito para o homem a alcançar. Assim que o pacificador ficou apenas alguns passos atrás da criança ele levantou o braço, preparando-se para chicotear as costas dela.
O golpe não teve som, se teve foi abafado pelo grito instantâneo de dor de Kristinne. O corpo da menina caiu sobre a relva, batendo com violência sobre o chão. Suas costas queimavam como fogo, e em meio à dor angustiante ela ouviu uma reconfortante voz família... Parecia longe e estava mais aveludada que o normal, como a voz de um anjo preocupado gritando dos céus.
-KRISTINNE
Ela não conseguia ver quem era não se atrevia levantar o rosto e ver quem se sacrificava por ela. O anjo falava com o pacificador, implorando para que ele parasse, mas ele não parou. Houve uma chicotada seguida de outra, berros de pura dor do anjo que agora parecia mais próximo que nunca.
-Corra Kristy! – suplicou o anjo ferido. Como não houve resposta ele voltou a suplicar no meio de um grito agoniante. – CORRAAAAAA!!!
Os instintos da garota voltaram a falar por ela. Juntando todas as forças que ainda lhe restavam sua mente ordenou os músculos a funcionarem. Num pulo ela já estava de pé, e suas pernas começaram a trabalhar para salvar a própria vida. Quando já havia se afastado o bastante ela arriscou uma olhadela para traz. No mesmo instante se arrependeu.
Por traz do emaranhado de cabelos que lhe cobriam a face ela viu o imenso pacificador de costas chutando as costelas do homem gravemente ferido. Era incrível o fato dele ainda estar consciente, ou talvez fosse apenas as circunstancias abusando ainda mais de Krity, obrigando-a a olhar uma última vez os olhos cor de esmeralda, os mesmos olhos que ela tinha. Assim que o olhar do anjo cruzou com o dela, os olhos verdes cobertos de dor se fecharam. Ela não parou, não conseguiu parar, se ela parasse de correr ali, o sacrifício dele teria sido em vão. E ela não se daria o luxo de aceitar mais um erro.
Mesmo com as costas ainda ardendo de dor, o nó na garganta, as lágrimas lhe impedindo de focalizar o olhar em qualquer coisa e a imensa dor no peito, Kristinne continuou a correr. A correr para salvar sua vida, a correr para se afastar do local onde presenciará a morte de seu próprio pai.

O resto daquele triste 29 de novembro foi nebuloso e doloroso, e por mais que quisesse a garota nunca consegui esquece-lo. Durantes meses Kristy e sua mãe esperaram os pacificadores e as penas que lhes seriam impostas, mas isto nunca aconteceu. Os pacificadores não voltaram a incomodar, mas isso não as impediu de sentir medo toda a vez que viam um. O corpo de Alder Lewd; o pai amoroso, o marido dedicado, o homem honesto e bondoso; nunca foi encontrado. O menino que Kristy viu sendo chicoteado também sumiu. O pacificador que matou Alder também. E com o tempo os indícios de solidariedade por parte dos amigos da família também se foram.
Apesar de a vida ter se tornado mais dura e triste a partir daquele dia, Kristinne teve a maior de todas suas lições: o caráter de uma pessoa não serve para exatamente nada diante da Capital. Ela é a lei, a força, e a comandante. Nada e nem ninguém pode contra ela. E todos os valores que seu pai havia lhe ensinado; bondade, honestidade, dedicação; morreram junto com ele. Naquele dia, ouvindo o choro sufocado da mãe no andar de baixo, sentindo as costas doerem com a única chicotada que recebeu, ela finalmente entendeu o porquê dos Jogos Vorazes.
Eles representavam a força da Capital, que ela podia matar seus entes queridos, te obrigar a viver na miséria, na fome e na dor, mas mesmo assim você tinha que concordar de cabeça baixa e agradecendo, pois tudo era um jogo, no qual antes mesmo de começar, você já sabia quem ia ganhar.
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